quinta-feira, 6 de junho de 2013
Canção para a amiga
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Sonho de menino e da mãe do menino
Gostaria de tocar teu coração menino
(pois sei que há um menino que mora nele)
como toquei uma vez uma nuvem branca no céu azul, antes da chuva.
Me apraz lhe dar as homeopáticas palavras doces e as fazer serem minuciosamente saboreadas, envolvê-las em tuas salivas, delicadamente deglutidas por ti e por fim puramente evacuadas num morto adubo que lhe apresentaria a vida em futuras belas e coloridas flores - planos de deus.
De acordo com eles, sorrirás sorriso antigo, que dera outra vez, após dormir e despertar no sono dos falecidos. Voltaste há pouco a renascer neste corpo de menino que quer todo o mundo pra si mas não sabe como. Afã.
Quando dormes, eu - a mãe, lhe toco o coração de perto e de longe, lhe suspiro doces como se fossem palavras e aspiro por teu acordar rindo ávido recém desperto por um sonho bom. De volta, fincas teu lugar. Sobrevoaste a circunferência de um planeta verde e azul e belo e és digno desta morada. Sabes agora a verdade e o valor de aqui respirar. Um segredo. Guarde-o como precioso anelo e não conte sobre isto à ninguém - a não ser na forma silenciosa e transparente com que isto irá brilhar manifestado na luz que trazes nos olhos. Toda a vez que se lembrar do amor que recebeu de mim - tua mãe - de teu pai celeste e de teus irmãos e tuas estrelas, maiores e menores, será assim. Assim sempre será. Sempre foi assim. Cada átomo teu é uma lei eterna e tanto faz se o núcleo é sol, um deus, uma mãe, o amor.
(pois sei que há um menino que mora nele)
como toquei uma vez uma nuvem branca no céu azul, antes da chuva.
Me apraz lhe dar as homeopáticas palavras doces e as fazer serem minuciosamente saboreadas, envolvê-las em tuas salivas, delicadamente deglutidas por ti e por fim puramente evacuadas num morto adubo que lhe apresentaria a vida em futuras belas e coloridas flores - planos de deus.
De acordo com eles, sorrirás sorriso antigo, que dera outra vez, após dormir e despertar no sono dos falecidos. Voltaste há pouco a renascer neste corpo de menino que quer todo o mundo pra si mas não sabe como. Afã.
Quando dormes, eu - a mãe, lhe toco o coração de perto e de longe, lhe suspiro doces como se fossem palavras e aspiro por teu acordar rindo ávido recém desperto por um sonho bom. De volta, fincas teu lugar. Sobrevoaste a circunferência de um planeta verde e azul e belo e és digno desta morada. Sabes agora a verdade e o valor de aqui respirar. Um segredo. Guarde-o como precioso anelo e não conte sobre isto à ninguém - a não ser na forma silenciosa e transparente com que isto irá brilhar manifestado na luz que trazes nos olhos. Toda a vez que se lembrar do amor que recebeu de mim - tua mãe - de teu pai celeste e de teus irmãos e tuas estrelas, maiores e menores, será assim. Assim sempre será. Sempre foi assim. Cada átomo teu é uma lei eterna e tanto faz se o núcleo é sol, um deus, uma mãe, o amor.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Descarrega
Som chovendo a descendência altíssima. Rima, combina e tece o poema. Varre, limpa e liberta a folha morta do caule vivo dentro do qual ascende a seiva às folhas brotas.
Por quanto tempo ainda o grito, o surro, a chacina?
Chuva atilada que se mistura ao sangue do asfalto e o carrega em rio transmutador da tamanha potência raivosa. Combine-se harmoniosa à paz aquosa e juntas possam dançar e se alternar na medida sem matar, já! Paz e amor faz favor. Calma. Vamos respirar o novo ar que a chuva traz. Vem de cima das alturas que podemos galgar. Perdoe. Não queira vingar. Um dois três e vamos já. Deixar o passado pra lá. O futuro é melhor. E tá de cara pro presente.
Harmonia é a melhor combinação possível das discórdias. (Oscar Quiroga)
São momentos lá dentro de nós, são outros ventos que vêm do pulmão e ganham cores na altura da voz e os que viverem verão. Fomos serenos num mundo veloz, nunca entendemos então porque nós. Só mais ou menos. (Marcelo Jeneci)
Por quanto tempo ainda o grito, o surro, a chacina?
Chuva atilada que se mistura ao sangue do asfalto e o carrega em rio transmutador da tamanha potência raivosa. Combine-se harmoniosa à paz aquosa e juntas possam dançar e se alternar na medida sem matar, já! Paz e amor faz favor. Calma. Vamos respirar o novo ar que a chuva traz. Vem de cima das alturas que podemos galgar. Perdoe. Não queira vingar. Um dois três e vamos já. Deixar o passado pra lá. O futuro é melhor. E tá de cara pro presente.
Harmonia é a melhor combinação possível das discórdias. (Oscar Quiroga)
São momentos lá dentro de nós, são outros ventos que vêm do pulmão e ganham cores na altura da voz e os que viverem verão. Fomos serenos num mundo veloz, nunca entendemos então porque nós. Só mais ou menos. (Marcelo Jeneci)
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