domingo, 14 de setembro de 2014

Porquanto o homem iça a vela

Vocês aí não sabem a causa dos mares tantos respeitarem estas largas faixas litorâneas, aquelas emergentes ilhas de luminâncias, algum veleiro mais toda a sorte de embarcação, aquele toco que boia, os corpos do naufrágio? 

Não será pois porque cintilam em seus ouvidos de concha côncava toda a míriade de poemas, odes, idílios, compostos e erguidos à tanta imensidão azul. Pois a palavra azul mora abissal mas quebra em branca onda quando encontra a reunião de areia ínfima que de tanta e junta é bege e a respeita desenhando o fronteiriço, margem continental. 

Vento e volta.
Jorge Gonzáles
Pois palavras mil em ordem e ritmo destinados nadam à teu horizonte longínquo, lá onde a vista alcança mas as mãos não. 
Talvez a voz sim. 
Porquanto o homem iça a vela.
Por isto estou cá e tú aí erguido e a palmeira ao alísio dance


... e talvez eis a explicação de tudo de tantos mares respeitarem estas largas faixas litorâneas, aquelas emergentes ilhas de luminâncias, algum veleiro mais toda a sorte da canoa, aquele troço que boia, os copos do naufrágio, a garrafa, o conter das baleias, o caber nas baías, a balela dos piratas, a única verdade audível, o invisível que há

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