pode uma
palavra chegar a perfeição de ser pássaro?
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
sábado, 26 de agosto de 2017
trechos de Arco-íris da gravidade, de Thomas Pynchon
"a bicuda ponta do foguete, caindo a quase um quilometro por segundo, absolutamente e para sempre sem som, atinge o seu último hiato incomensurável por cima do telhado deste velho teatro."
08/06/2016
96% (980 de 1024)
"eles são tão esquizoides, tão dúplices na presença massiva do dinheiro, quanto qualquer um de nós, e é esse o duro facto. o homem em um escritório de delegação em cada um dos nossos cérebros. o emblema corporativo dele é um albatroz branco, cada representante local tem um disfarce conhecido como o ego, e a missão deles neste mundo é a Grande Merda."
02/06/2016
92% (940 de 1024)
"eu libertava-vos, se soubesse como. mas cá por fora não há liberdade. todos os animais, as plantas, os minerais, até outros tipos de homens, andam a ser partidos e remontados todos os dias, para preservar uns poucos da elite, que são os mais sonoros ao teorizarem sobre a liberdade,mas os menos livres de todos. nem sequer vos posso dar a esperança de que algum dia venha a ser diferente - de que eles saiam de lá, e esqueçam a morte, e se desfaçam do elaborado terror da tecnologia deles, e parem de usar todas as outras formas de vida sem piedade para manterem aquilo que assomra os homens num nível tolerável - e em vez disso estejam como vós, simplesmente aqui, simplesmente vivos. a estrela convidada retira-se pelo fundo dos corredores."
29/05/2016
86% (880 de 1024)
"quando alguém nos mostra a mais ínfima esperança de transcendência, o comitê para as incandescentes anomalias vem cá e leva-o daqui para fora."
08/06/2016
96% (980 de 1024)
"eles são tão esquizoides, tão dúplices na presença massiva do dinheiro, quanto qualquer um de nós, e é esse o duro facto. o homem em um escritório de delegação em cada um dos nossos cérebros. o emblema corporativo dele é um albatroz branco, cada representante local tem um disfarce conhecido como o ego, e a missão deles neste mundo é a Grande Merda."
02/06/2016
92% (940 de 1024)
"eu libertava-vos, se soubesse como. mas cá por fora não há liberdade. todos os animais, as plantas, os minerais, até outros tipos de homens, andam a ser partidos e remontados todos os dias, para preservar uns poucos da elite, que são os mais sonoros ao teorizarem sobre a liberdade,mas os menos livres de todos. nem sequer vos posso dar a esperança de que algum dia venha a ser diferente - de que eles saiam de lá, e esqueçam a morte, e se desfaçam do elaborado terror da tecnologia deles, e parem de usar todas as outras formas de vida sem piedade para manterem aquilo que assomra os homens num nível tolerável - e em vez disso estejam como vós, simplesmente aqui, simplesmente vivos. a estrela convidada retira-se pelo fundo dos corredores."
29/05/2016
86% (880 de 1024)
"quando alguém nos mostra a mais ínfima esperança de transcendência, o comitê para as incandescentes anomalias vem cá e leva-o daqui para fora."
terra oca
acredito em qualquer coisa
e
desconfio de tudo
quero este gato que dorme na terra, sem lençol
não lhe incomoda o vento, lhe esquenta o sol
já à semente basta qualquer cobertor de terra
que ela se assanha pra brotar
de dentro àfora...
aflora dentro, fora
fora com essa gente oca dessa terra fora
mas oca
acredito em qualquer coisa
desconfio deles todos
e
desconfio de tudo
quero este gato que dorme na terra, sem lençol
não lhe incomoda o vento, lhe esquenta o sol
já à semente basta qualquer cobertor de terra
que ela se assanha pra brotar
de dentro àfora...
aflora dentro, fora
fora com essa gente oca dessa terra fora
mas oca
acredito em qualquer coisa
desconfio deles todos
quinta-feira, 16 de março de 2017
......
A alma segura em sua existência sorri para a adaga desembainhada e desafia seu ponto.
As estrelas devem desaparecer, o sol se escurecer com a idade e a natureza afunda nos anos mas tu deverás florescer na juventude, imortal, ileso, em meio à guerra dos elementos do naufrágio da matéria e do esmagamento das palavras.
Edgar Alan Poe
As estrelas devem desaparecer, o sol se escurecer com a idade e a natureza afunda nos anos mas tu deverás florescer na juventude, imortal, ileso, em meio à guerra dos elementos do naufrágio da matéria e do esmagamento das palavras.
Edgar Alan Poe
segunda-feira, 6 de março de 2017
ar arterial
de volta às instancias dos ventos e aos instantes-libélulas, algo soa feliz. a cada passo inspiro e espero. sento, que várias vezes o corpo derrama cansaço. sinto que vez ou outra um sopro eleva e o corpo ergue pronto. enquanto construo este corpo resultado denso dos outros, em que escrevo. eis-me aqui, escrevo. a necessária vazão dos verbos escrevo:
ah que delícia boiar à deriva, catar os presentes do dia. bailar um sonho a noite. me conceba uma dança para que desperte sem invisíveis pesos pros ombros. me proteja e ao meu plexo para que dele soem doces músicas e força de construir cirandas, de rodar crianças, de parir o novo.
sopre sopre sopre esse vento solto. liberto de mim corro, salto, voo. entro nas cores e nas formas. eis que uma delas brilha em miríades outras,,, tons.
escrevo: e quem sabe guardo um pouco de eternidade. gravo de uma ideia o papel. imprimo-na em. visto-me de ventos ventos carregam folhas de lá para cá. leia as folhas daqui pra ti...
ah que delícia boiar à deriva, catar os presentes do dia. bailar um sonho a noite. me conceba uma dança para que desperte sem invisíveis pesos pros ombros. me proteja e ao meu plexo para que dele soem doces músicas e força de construir cirandas, de rodar crianças, de parir o novo.
sopre sopre sopre esse vento solto. liberto de mim corro, salto, voo. entro nas cores e nas formas. eis que uma delas brilha em miríades outras,,, tons.
escrevo: e quem sabe guardo um pouco de eternidade. gravo de uma ideia o papel. imprimo-na em. visto-me de ventos ventos carregam folhas de lá para cá. leia as folhas daqui pra ti...
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
só por hoje e para sempre
e o amor ilumina novamente
a cidade e a cova do leão
a grande raiva do mundo
as viagens dos meninos-homens
w. h. auden
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Alexandra Levasseur |
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