segunda-feira, 14 de maio de 2012

Que venham novos

Que esses velhos morram.
Que essas músicas parem.
Isto há bimilênios atrás...
Há quantos metros de profundidade ficam as civilizações mais antigas?
Ou aquela que não soube da vaca tirar o leite ou ao pássaro respeitar-lhe a liberdade?
Ou aquela daquela moça que escrevia cartas ao passado? De que tempo somos? Para que tempo vamos?
(ao tempo dos heróis que têm capas de estrelas e nos cintos, cometas)
Os cachorros que outrora tiveram seus pescoços amarrados à troncos podem ter virado planetas soltos que giram numa ciranda desamarrada. OU
Habitam quintais de casas reais onde são donos de tudo por a nada pertencerem.
Quanto tempo faz que a ultima cultura sucumbiu e deu lugar a estas florestas, flores, frutos.
A esses insetos fecundadores de cores, cheiros e sabores?


 Já foi dita a ultima lei, a terra já engoliu o ultimo poder? O ego já comeu a posse, implodindo? A ultima nota virou grama e a moeda vil metal?
Cuidem de suas vacas, cantem suas canções como pássaros. Vão pastar! Cantar! Dançar! Com tudo isto aí.
Virem pó – os que são do pó.
Subam ao ar os que são do ar.
Deixem-me com meus ideais que eles são possivelmente reativos de se realizarem.
Este é o sim de expansão onde não cabem velhas dores, vovós ressentistas, bibliotecas poeirentas.
A verdade é que o mundo nem está coberto nem recheado dessas verdades saltitantes que são por muitos lançadas.
Calem a boca. Ouçam a lua encher, a grama crescer, a fruta cair.
Por isto estou aqui. Por isto me perco.
Pois é pois é pois é.
Bem vindo a era onde tudo o que começa é passado.

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