sábado, 12 de setembro de 2015

O grande príncipe

Falarei para ti, que estás sozinha, porque tenho o desejo de te habitar.
Talvez te seja difícil receber o esposo de carne na tua casa, mas há presenças mais fortes.
Te hei-de visitar. Não tenho necessidade de me dar a conhecer, Sou laço do império e inventei-te uma oração. Sou fecho de abóboda de um certo gosto das coisas. E ligo-te.
Não quero que fiques deserta na tua perfeição. Farte-ei despertar para o fervor. Que dá e nunca retira nem reivindica propriedade ou presença.
O poema é belo por razões que não pertencem à lógica, já que se situa em outro andar.

Antoine de Saint-exupéry

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