terça-feira, 1 de setembro de 2015

Vestido balança pedido

Vento que à tudo que à todos balança
Perpassa-nos com sua grande mão imensa
nas quais carrega o aroma do incenso e abraça e abrasa e enleva o liberto
e principalmente o andarilho que deambula.
Leve-nos leves para onde não neve e serve
Sopre-nos o ar manso, etéreo e firme, força com o qual balança as águas, move dunas e que vem e traz nuvens e maresia. 
E vai. E volte.
A amenizar o calor, que o que presta nesse mundo é sombra de árvore
e abundante água fresca.
Preencha tudo e todos desse amor de que é feita a água fresca, você que visita as fontes e cascatas e as falésias e os interiores. E, pedindo demais
Levantai-nos leve
livres leves, alive, pro amor
agora mesmo, não é só supor
agora
carregue nosso esquecimento. Trouxe enovelada esta flor. Apraz te ouvir, vento. Nos aprontar e seguir. Despir pra sentir teu tento. Adentrai futuro amorosamente ansiado. O Sol, o velho sol de primavera vem vindo, ventando e rindo. Invenção de um deus que gosta de percorrer espaços e cria espaços de percorrer.
Deambulante? Dizem que ele tem um plano...

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