pixe concreto
tinta acusa
perdão concerta
estrutura abusa
escultura e pesa
passado desperta
guerra e outra paz
acertos e contas e
pedra assim
melhor quietar no interior da montanha
ouro assim
melhor descansar úmido fundo num riacho
cavalo assim
bonito erguido passeando pastar do prado
gente assim
gene índio negro e eu tudo preso na pedra
as assim superfluidades
ranço preconceito tudo dentro da história
empedrada
monumentalmente velha
empedrada
e o ovo novo esperando quem lhe choque
aviso!
tampem os ouvidos brotos
preserve-os às atrocidades
filhotes não se lembram não
o banho nas águas rasas do
esquecimento é o perdão
presente da natureza, viu?
você viu a mesma Terra que o índio?
você viu o olhar recém nascido?
você viu o sono do grilo?
você viu?
Img.: Felipe Rau
Nenhum comentário:
Postar um comentário