Amigos, estou morando no interior do estado, longe do centro dos acontecimentos. No entanto, pelo íntimo, respiro da mesma atmosfera fumacenta. Escrevi isto tentando entender. Pra evoluir. Se achar que pode ajudar pode usá-lo. Que a esperança vire ação. Os poetas estão de prontidão.
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(Um poema, que nem só de truculências vive o homem):
"Então seremos os responsáveis pela vindoura felicidade manifestada enfim aqui neste planeta belo e não careceremos mais que este estado seja zelado, representado ou sofra manutenção. Não se tratará mais das dicotomias. Foram queimadas como os velhos pneus incendiados por vândalos de ambas as partes, dos tempos remotos. De tantas vidas. Será como estar dentro dum constante abraço. Antigo, longínquo, presente e raro. Será mas já quase é. As vezes é, mas é que sempre não é todo dia ainda. E isso não é coisa de ver, mas de sentir. Talvez antes disto haja a copa. Sim, vai haver. Sim, vai raiar. E dentro do raio (não é trovão, esse você nunca viu) não vão caber obras manufaturadas porque a terra, corpo denso superfície pele do planeta vai, ah vai, comer as peças e o concreto e brotar e brotar e brotar e brotar e brotar abundâncias. O que teremos pro jantar? Fartura. Diremos: à deus as patrulhas! Nossos índios, aqueles que tão amorosamente receberam os portugueses, veremos serem legitimamente designados zeladores. A palavras não serão bem estas. Tamanha é a dança genética que baila aqui a raça terrena. Os problemas das palavras... Com certeza serão preciso novas, depois dessa longa mudez. No princípio algumas migrações humanas demandarão poetas de prontidão, recebendo-os e costurando os dialetos. Alguns verbos serão naturalmente esquecidos. Legitimar e designar são exemplos disso. Tudo muito óbvio. Tudo muito bom. Talvez, com isso e por isso, algumas profissões caiam em desuso: como presidente ou advogado. A lei vai ser intrínseca e não essa dos livros. Já vem embutida nos corações das crianças, antes de serem blindados pela educação que haja visto. Mas isto já se foi. Falamos aqui do futuro que agora brinca de frequentar o presente. O habita e vê se a casa serve. A roupa ainda parece um pouco apertada e moralistas falarão que a saia é justa. Também haverão os que temerão o medo de sentir medo e vão lutar. Mas o tempo vai comer seus corpos e, ao serem perdoados por Gandhi, Zumbi e Lennon, não esquecerão mais os recados do peito nem o tamanho do abraço. Deputados, senadores, pastores e alguns ditadores voltarão reorganizados em outros corpos. E outros serão. Já estão os atlantes entre nós. Dentro, fora e entre nós. Por isso não faltará nada. E vai sobrar tudo. Até dinheiro e condução que levita. Dinheiro? Sim, e porque não. Numa bonita forma de organizar a troca. E não haverá pátrias, nem nações. Nem barreiras ou fronteiras. Nem fifa ou coca-cola. Nem gaiola. Muito suco de limão. Não, nunca mais poluição. Há ar e água como nunca vistas. Estão escondidas esperando nossas varinhas randômicas intuitivas só percebidas pelas glândulas pineais em revolução. Assim está escrita a nossa evolução. Para ascendê-la ainda mais - pois sempre há mais no infinito eterno - respiraremos cristais etéreos e beberemos moléculas cristalinas. Podem perguntar: e a Saúde? A vacina? A Medicina? Sim, haverão alguns médicos, mas receitarão poemas e sofrerão um tipo delícia de tédio que os fará sair à fora à cuidar dos jardins que não são públicos nem particular. Não há, aqui nesta profecia, isso de público e do particular. O número 1 aqui e feito de todos os outros. Bem como direita e esquerda aqui são só direções em sentidos distintos. E são dois. E há mais. Centenas de outros, como há, no espectro, uma miríade infindável de raios de luz. E tudo dentro de deus (deus é o abraço, entendeu?). Vocês terão uma liberdade inimaginável que os permitirá viajar por todo o tempo, por todo o espaço. Será honroso dever jamais arrancar um flor, pois poesia visual-material é perpétua e deve enfeitar os caminhos aos caminhantes. Todos aqui são caminhantes. Todos visionários. Para isto acontecer, salvem o elo, salvem o ninho. Preservem o sangue e a asa. E o riso. É só isso. O resto vocês verão. Primavera, outono e inverno também terão. Porque sim ao bem da maior parte possível das pessoas e pelo não á tudo o que as oprimiu."
p.s.: Procurei uma imagem para este post, mas não existe imagem representativa do que não existe ou é, por enquanto, invisível aos sentidos ainda densos e um pouco truculentos, pro delicado da época. Achei algumas fotos do preparo, mas elas seriam esteticamente rejeitadas pela maioria, dado o seu aspecto assim meio placenta, tipo feto, tinha sangue. Podiam achar que se tratava de alguma campanha ou de um ato vândalo, preciso poupar o que estão assustados com tudo. Não desistam do amanhã (os poetas cantam e insistem). O atual contingente é um acontecimento não planejado, analisado pela mídia de maneira isolada, de extrema importância e que não pode ser evitado quando, principalmente, se referir às circunstâncias que o produziram.
p.s. 2: tenho mudas de árvores, são pés de:
cajueiro, goiabeira, pitanga, mangueira, jamelão, algodoeiro, urucum...
Coloco a disposição de quem quiser plantá-las.
cajueiro, goiabeira, pitanga, mangueira, jamelão, algodoeiro, urucum...
Coloco a disposição de quem quiser plantá-las.
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