segunda-feira, 29 de julho de 2013

Fantástico silêncio adulto na curva

Como faço para acessar o coração enviesado
do menino capataz, do sentimento incapaz?

Como faço, diz aí deus, como é?

É com o braço ou pensamento, à força ou por medicamento?
Com que ardor, diz, se prepara tamanho encantamento?

Diga, sol, que do centro do discernimento distribui calor sem descriminar:
com que instrumento tiro som do coração que há dentro do grosso?
Como escalar a alta vibração que faz o muro amortecer e ruir o bruto em broto?


Lua faceira e silenciosa, dite apenas desta vez a prosa que peço em prece.
Possa eu em tua face nova ser digna de portar-lhe a voz pálida, serenamente.
Que então faça eco nesses homens insanos que babam a fúria que nem lhes é mais.
Nem lhes é de natura este monstro imaginário que já morreu e agora é fantasma.

Ouvi um mundo novo nascer chorando. Esquecido. Sangrando. Agora agua. Agora sua.
Na ágora a água das lembranças perfaz no coro (no soco) a curva. A última. 
Na dobra a casca do ovo rui o novo que urge esperanças primas das felicidades.

Isso! Tá indo. Quase. Força. Vai. Oxê! Transmutem. Assim. Agora a curva. 
A última. O horizonte é quase lá além do decreto dejeto desigual.

As crianças trazem a ciranda do que virá.
Que fiquem só as crianças!

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