segunda-feira, 29 de julho de 2013

A mentira fantasia do que é

Que mal há ser mentira o que escrevo se o engano é efeito da pura verdade velha e alheia mas o paradoxo é oblíquo como um dos raios e descende escrita que é a via do quanto sou e do que significa ser quando me dou de fato ao que nela se desenrola e se rola depois passa mais esqueço mas se viro ou se mecho volto lá relembrar que nela cabem segredos inefáveis que te tento contar só que quando caio dela e entro em desconforto em mim vejo que nada disso se dera nenhuma marca na matéria mesmo quando era quase etérea e eis o lamento de ser a substância do papel mera lembrança da forma que vem e que vinha e que vaga só se dando apenas enquanto escrevo o que a mente inventora teima em datilografar por real isto que não se manifesta. 

Pra quem minto? 

(Há mundos possíveis orbitando elétrons. A mentira beira a verdade em sua intangibilidade instantânea. Um humano quer felicidade. A mentira sobre a qual me debruço quer a chance nem que seja neste instante de ter sua sinceridade manifestada no último e no mais denso dos planos: o físico. Pra se tornar realmente real e deixar de ser meramente fantasia)

Fantástico silêncio adulto na curva

Como faço para acessar o coração enviesado
do menino capataz, do sentimento incapaz?

Como faço, diz aí deus, como é?

É com o braço ou pensamento, à força ou por medicamento?
Com que ardor, diz, se prepara tamanho encantamento?

Diga, sol, que do centro do discernimento distribui calor sem descriminar:
com que instrumento tiro som do coração que há dentro do grosso?
Como escalar a alta vibração que faz o muro amortecer e ruir o bruto em broto?


Lua faceira e silenciosa, dite apenas desta vez a prosa que peço em prece.
Possa eu em tua face nova ser digna de portar-lhe a voz pálida, serenamente.
Que então faça eco nesses homens insanos que babam a fúria que nem lhes é mais.
Nem lhes é de natura este monstro imaginário que já morreu e agora é fantasma.

Ouvi um mundo novo nascer chorando. Esquecido. Sangrando. Agora agua. Agora sua.
Na ágora a água das lembranças perfaz no coro (no soco) a curva. A última. 
Na dobra a casca do ovo rui o novo que urge esperanças primas das felicidades.

Isso! Tá indo. Quase. Força. Vai. Oxê! Transmutem. Assim. Agora a curva. 
A última. O horizonte é quase lá além do decreto dejeto desigual.

As crianças trazem a ciranda do que virá.
Que fiquem só as crianças!

domingo, 28 de julho de 2013

O que haverá (e o que não), enquanto houvermos

Amigos, estou morando no interior do estado, longe do centro dos acontecimentos. No entanto, pelo íntimo, respiro da mesma atmosfera fumacenta. Escrevi isto tentando entender. Pra evoluir. Se achar que pode ajudar pode usá-lo. Que a esperança vire ação. Os poetas estão de prontidão.
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(Um poema, que nem só de truculências vive o homem):
"Então seremos os responsáveis pela vindoura felicidade manifestada enfim aqui neste planeta belo e não careceremos mais que este estado seja zelado, representado ou sofra manutenção. Não se tratará mais das dicotomias. Foram queimadas como os velhos pneus incendiados por vândalos de ambas as partes, dos tempos remotos. De tantas vidas. Será como estar dentro dum constante abraço. Antigo, longínquo, presente e raro. Será mas já quase é. As vezes é, mas é que sempre não é todo dia ainda. E isso não é coisa de ver, mas de sentir. Talvez antes disto haja a copa. Sim, vai haver. Sim, vai raiar. E dentro do raio (não é trovão, esse você nunca viu) não vão caber obras manufaturadas porque a terra, corpo denso superfície pele do planeta vai, ah vai, comer as peças e o concreto e brotar e brotar e brotar e brotar e brotar abundâncias. O que teremos pro jantar? Fartura. Diremos: à deus as patrulhas! Nossos índios, aqueles que tão amorosamente receberam os portugueses, veremos serem legitimamente designados zeladores. A palavras não serão bem estas. Tamanha é a dança genética que baila aqui a raça terrena. Os problemas das palavras... Com certeza serão preciso novas, depois dessa longa mudez. No princípio algumas migrações humanas demandarão poetas de prontidão, recebendo-os e costurando os dialetos. Alguns verbos serão naturalmente esquecidos. Legitimar e designar são exemplos disso. Tudo muito óbvio. Tudo muito bom. Talvez, com isso e por isso, algumas profissões caiam em desuso: como presidente ou advogado. A lei vai ser intrínseca e não essa dos livros. Já vem embutida nos corações das crianças, antes de serem blindados pela educação que haja visto. Mas isto já se foi. Falamos aqui do futuro que agora brinca de frequentar o presente. O habita e vê se a casa serve. A roupa ainda parece um pouco apertada e moralistas falarão que a saia é justa. Também haverão os que temerão o medo de sentir medo e vão lutar. Mas o tempo vai comer seus corpos e, ao serem perdoados por Gandhi, Zumbi e Lennon, não esquecerão mais os recados do peito nem o tamanho do abraço. Deputados, senadores, pastores e alguns ditadores voltarão reorganizados em outros corpos. E outros serão. Já estão os atlantes entre nós. Dentro, fora e entre nós. Por isso não faltará nada. E vai sobrar tudo. Até dinheiro e condução que levita. Dinheiro? Sim, e porque não. Numa bonita forma de organizar a troca. E não haverá pátrias, nem nações. Nem barreiras ou fronteiras. Nem fifa ou coca-cola. Nem gaiola. Muito suco de limão. Não, nunca mais poluição. Há ar e água como nunca vistas. Estão escondidas esperando nossas varinhas randômicas intuitivas só percebidas pelas glândulas pineais em revolução. Assim está escrita a nossa evolução. Para ascendê-la ainda mais - pois sempre há mais no infinito eterno - respiraremos cristais etéreos e beberemos moléculas cristalinas. Podem perguntar: e a Saúde? A vacina? A Medicina? Sim, haverão alguns médicos, mas receitarão poemas e sofrerão um tipo delícia de tédio que os fará sair à fora à cuidar dos jardins que não são públicos nem particular. Não há, aqui nesta profecia, isso de público e do particular. O número 1 aqui e feito de todos os outros. Bem como direita e esquerda aqui são só direções em sentidos distintos. E são dois. E há mais. Centenas de outros, como há, no espectro, uma miríade infindável de raios de luz. E tudo dentro de deus (deus é o abraço, entendeu?). Vocês terão uma liberdade inimaginável que os permitirá viajar por todo o tempo, por todo o espaço. Será honroso dever jamais arrancar um flor, pois poesia visual-material é perpétua e deve enfeitar os caminhos aos caminhantes. Todos aqui são caminhantes. Todos visionários. Para isto acontecer, salvem o elo, salvem o ninho. Preservem o sangue e a asa. E o riso. É só isso. O resto vocês verão. Primavera, outono e inverno também terão. Porque sim ao bem da maior parte possível das pessoas e pelo não á tudo o que as oprimiu."

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O destrutivo que sustente o construtivo

que tal a criação do sesv (serviço social dos vândalos) e do senav (serviço nacional dos vândalos)? todos que irados ficassem, nem que por segundos e pensassem em chutar um caixa eletrônico, arremessar um celular na cabeça de alguém, dar um sonoro arroto em público, teriam que pagar um imposto ao Sistema V. imaginem os festivais, os shows e saraus que o sesv iria produzir. nas praias e praças, na rua e em frente aos palácios e mansões dos inimigos do povo vândalo, onde o desejo de vandalizar se manifestasse. quem sabe o sistema S seguisse o exemplo e mais humano se tornasse. Ricardo Chacal

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tá contratado

Se eu fosse Ministro da Saúde ou o responsável pelas Ciência e Tecnologia, iria procurar pessoas entusiastas com projectos interessantes; dar-lhes-ia dinheiro para que não tivessem de fazer outra coisa que não fosse investigar e deixá-los-ia trabalhar dez anos para que nos pudessem surpreender. Richard J. Roberts

O despertar é procedido do bocejar


Tô com o maior sono de repetir o passado!
(debaixo da farda mora um homem ou
Tem gente embaixo da farda!", lembrou Amir Haddad)

entre o meu ir e o do sol, um aro, um elo

que a vida só consome
o que a alimenta.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Carta ao Padre

Carta aberta ao Rvmo. Padre Casimiro, zelador da Paróquia de São Sebastião de Itaipu.
15 de Julho de 2013

Padre Casimiro,
Soube pelo jornal O Globo, em matéria publicada no dia 13/07/13, que 334 árvores foram mortas para que vagassem espaço a uma missa campal oferecida por ocasião da Jornada Mundial da Juventude à cerda de 800 pessoas. Gostaria de perguntar se o Reverendo consultou seu chefe superior - Deus - antes de aceitar o assassínio da parte material desses excelsos seres vegetais, nossos maiores ancestrais, que nos fornecem ar, sombra e fruto? Já sei que a resposta é NÂO, pois Deus nunca autoriza às mãos o extermínio proposital de suas criações, seja estas de origem mineral, animal, vegetal ou humana. Mesmo assim ainda o fazemos, dado o arbítrio livre, mas não estamos isentos de uma consciência registradora. Convenhamos que evoluímos um bocado neste sentido, o que não justifica mais tais atitudes, não é mesmo? Mesmo assim os executores foram autorizados a fazê-lo no terreno da igreja que lhe cabe. Então faço outra pergunta: com que direito, já que não obteve determinação divina, julgaram que 334 árvores e toda a fauna/flora que vive destas – dos passarinhos aos pequeninos insetos – valessem significativamente menos que algumas horas de 1 missa campal oferecida ao momentâneo júbilo de 800 pessoas? E essas 800 pessoas, sabem disto? Concordariam com isto? O senhor não teme que esses espíritos sobreviventes ao seu extermínio material venham como vento lhe sacudir batina e lhe soprar verdades eternas aos ouvidos? Ou que, após a própria morte física do senhor, em sua viagem por dentro da consciência esta viesse lhe apresentar contas? Não conheço o senhor, perdoe-me o abuso, nunca assisti a missa que palestra nem sentei contigo a mesa para um café à tarde, mas prefiro acreditar que uma luz interior o levou a escolher ser padre, certo? Em nome desta luz que há em todos, inclusive naquelas árvores, não teme o senhor que esta se turve um pouco depois de tudo isto? Redima-se Padre, é o que lhe peço. Replante enquanto há tempo. E siga em frente o teu caminho de evolução. Nos dias de hoje árvores são muito mais importantes ao planeta que o evento-motivo que as destruiu. Pense nisto. Reflita. Que o ocorrido ajude tua alma e a de teus ajudantes a terem mais sensibilidade à vida – nossa preciosidade, dada por amor celeste. Pelo amor que o senhor tem ao Deus que é de todos, tenha a humildade de pedir desculpas à natureza, assim:

domingo, 14 de julho de 2013

sábado, 13 de julho de 2013

Crescente

Se a lua está sorrindo, 
lá de cima, lá tão alto, lá tão lindo
quem sou eu?
Aqui de baixo, aqui tão longe, daqui tão ínfimo, prá chorar?

Que triste resiste a tal sorriso? Se nasceste, amigo, tens alegria por condição. Ao céu preste atenção. Entorne graças ao teu coração. Então...

"Faz escuro mas eu canto porque a manhã vai chegar"*

*Frase título do livro mais lindo do Thiago de Mello

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Tanto faz. Mas faz.

O que tá fora tá dentro.
Atenção ao pensamento.
(Dependendo, dá inicio ao enfrentamento)
Amor, abraço eterno, alento.

- Bora, partes do todo intento!

(img.: Pierre Mornet)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Iaman

1
Iaman com frio nas pernas e todas as calças secando no varal. Acho uma de cor rosa, de Sofia e lhe ofereço. Ele me solta esta: não, esta não, não sou do tipo feminina.

2
Uma discussão infindável.
Iaman: - Não Rima
Sofia: - Rema
Não rima. Rema. Não rima. Rema. Não rima. Rema.

3
Concordância plural - Mãe, já procurei todos os cederes e não acho!

4
Esses polícias tinham que ir pra masmorra. Ou pior: pra cadeia alimentar!

Música para amanhã

O que vou dizer não é segredo. Falo do chão, falo da nossa casa e te chamo.
Vem! Vem que tá na hora de arrumar. Vem, vamos precisar de todo mundo. Viemos banir do mundo a opressão. Somos construtores da vida nova e vamos precisar de muito amor. Somos vizinhos da felicidade e quem não é tolo pode vê-la. Não viemos ferir nossos semelhantes. Também não queremos nos ferir. Exigimos a paz na terra, amor. O andar com o pé na terra, amor. Merecemos o sal e os frutos desta terra, nossa nave, nossa irmã. O mais bonito dos planetas do sistema solar vem sendo maltratado por dinheiro. Chega! Basta! Canta! Levanta a tua vida em harmonia, tú que és um homem. E um homem mais outro é maior que dois. Viemos juntar as nossas forças. Repartir melhor o pão. Recriaremos o paraíso agora para que o mereça quem vem depois. Pedimos que deixem nascer o amor. Pedimos que deixem fluir os rios. Deixem crescer os filhos. Pedimos mais: que cada um, individualmente, deixe viver o ser e que este seja já o que se é.

(debruçada sobre a canção Sal da Terra de Beto Guedes, com a emoção na esperança da possibilidade do que há porvir)

Nikola Tesla


"Meu cérebro é apenas um receptor. No universo há um núcleo a partir do qual obtemos conhecimento, força e inspiração. Não penetrei os segredos deste núcleo, mas sei que ele existe" - Nikola Tesla

10 de julho é o dia internacional em homenagem a Nikola Tesla. Muito provavelmente o maior inventor de todos os tempos. O verdadeiro inventor do rádio, da corrente alternada, do raio X, dos princípios do radar, dentre outras 700 patentes por ele registradas. Um dos homens mais absolutamente geniais de todos os tempos. Excêntrico e solitário, vivia à frente de seu tempo, e por idealizar um sistema de energia livre e gratuita, que abasteceria todo o planeta com energia inalâmbrica utilizando como condutor a ionosfera, foi roubado, sabotado, massacrado, censurado, apagado e esquecido, em uma das maiores tramoias industriais da História conduzida pelos canalhas Thomas Edson e JP Morgan. Morreu pobre e solitário em um pequeno quarto de hotel em NY enquanto via da janela as cidades se iluminarem e se eletrificarem. Quanto mais estudo a história de Tesla mais fico fascinado por este gênio croata, talvez, o ser humano mais genial que este planeta já acolheu. Uma sínteses cósmica entre o homem e a natureza, entre matéria e energia, entre o amor e a tecnologia, entre a mais elevada glória e o mais profundo esquecimento. SALVE TESLA, onde estiver, meu mais profundo e sincero respeito! - Antonio Lisboa

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=A_Ju9_T4qWc

"I do not think there is any thrill that can go through the human heart like that felt by the inventor as he sees some creation of the brain unfolding to success. Such emotions make a man forget food, sleep, friends, love, everything." — Nikola Tesla

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Senão

Se não englobar todas as pessoas, não é amor.
Situe-se acima do que é luz e do que é falta de luz - sombra.


ou

se tens luz, englobe a sombra. não a trancafie. não a pisoteie. chame-a para dançar. 

a sombra (como a luz) também quer felicidade.

(jogar o rei pra fora do barco não adianta de nada)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Nas redes

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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Direito ao delírio

O que acham se delirarmos um pouquinho?
- O que acham se fixamos nossos olhos mais alem da infâmia, para imaginarmos outro mundo possível
- o ar das ruas limpo de todo o veneno que não venha dos medos e das paixões humanas ;
- Os carros sendo esmagados pelos cães;
- As pessoas não mais dirigidas pelos carros, nem programadas pelo computador, nem compradas por supermercados, nem também assistidas pela TV;
- A TV deixará de ser o membro mais importante da família e será tratada como um ferro de passar ou máquina de lavar roupa;
- Será incorporado aos códigos penais o crime de estupidez para aqueles que cometem: viver para ter ou para ganhar ao invés de viver para viver simplesmente, assim como canta o pássaro sem saber que canta e como brinca a criança sem saber que brinca;
- Os historiadores não mais acreditarão que os países gostam de ser invadidos;
- Os políticos que os pobres adoram comer promessas;
- Ninguém viverá para trabalhar, todos trabalharão para viver;
- Os economistas não chamarão mais o nível de vida de nível de nível de consumo e nem chamarão de qualidade de vida a quantidade de coisas acumuladas;
- Os cozinheiros não mais acreditarão que as lagostas amam ser fervidas vivas;
- A morte e o dinheiro perderão seus poderes mágicos e nem por falecimento e nem por fortuna um canalha se tornará um virtuoso cavalheiro;
- Ninguém levará a sério alguém que não seja capaz de tirar sarro de si mesmo;
- O mundo não estará em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza, e a indústria militar não terá escolha a não ser declarar falência;
- Em nenhum país ira prender os rapazes que se recusarem a cumprir o serviço militar, mas aqueles que querem servir-lo;
- A comida não será uma mercadoria nem a comunicação um negócio, porque a comida e a comunicação são direito humano;
- Ninguém morrerá de fome;
- As crianças de rua não serão mais tratadas como lixo, porque não haverá mais crianças de rua, as crianças ricas não serão tratadas como se fossem dinheiro, porque não haverá mais crianças ricas;
- A educação não será privilégio daqueles que podem paga-la;
- A polícia não será a maldição de quem não possa comprá-la;
- A justiça e liberdade, irmãs siamesas, condenadas a viver separadas, serão novamente juntas de volta, bem grudadinhas, costas com costas;
- Na Argentina, as “Loucas da Plaza de Mayo” serão um exemplo de saúde mental, porque elas se negaram a esquecer nos tempos de amnésia obrigatória;
- A Santa Madre Igreja corrigirá algumas erratas das escrituras de Moisés, e o sexto mandamento mandará festejar o corpo, a igreja também realizará outro mandamento que Deus havia esquecido: "Amaras a natureza da qual fazes parte";
- Serão reflorestados os desertos do mundo e os desertos da alma;
- Os desesperados serão esperados e os perdidos serão encontrados, porque eles são os que se desesperaram de esperar muito, muitos e se perderam de tanto procurar;
- Seremos compatriotas e contemporâneos de todos os tenham vontade de beleza e vontade de justiça, tenham nascido quando tenham e tenham vivido quando e onde vivido, sem se importarem nem um pouquinho com as fronteiras do mapa e ou do tempo,
- Seremos imperfeitos e a perfeição continuará sendo um privilégio chato dos Deuses;
- Neste mundo trapalhão, seremos capazes de viver cada dia como se fosse o primeiro e cada noite como se fosse a última.
Tradução livre do texto original “El derecho al delírio” de Eduardo Hughes Galeano -