sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Cartaz na beira da estrada

Deixe aqui pastar o teu cavalo.
Deixe-o aqui a desenhar um passeio.

Empresta-nos teu fiel jardineiro que nada lhe cobramos em torno e a água é por nossa conta e do céu.

Deixe que a terra do nosso quintal sinta a força das passadas do teu grande animal. As árvores frutificam mais se há mais a quem deva servir frutos. Deixe, que aqui comerá goiabas, mangas, folhas de aipim, cheirará o solo a cata de amêndoas e num momento parará à sombra para repousar.

Logo se movimentará, aguarde que verá. Voltará a sua função de dar à terra uma roupa verde orvalhada, mastigando os excessos das pontas do capim. Quanto à nós teremos a penugem dos gramados, recortados os arbustos, construídos os caminhos eis o chão que nos limpa os sapatos e nos desfila variados insetos. Miríades borboletas.

Deixe aqui seu cavalo e receba nossa gratidão.

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