quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Ah mar

em respeito ao universo 
por palavras peço
à terra onde respiro
perdão

por sonhar de corpo astral 
que colhia brutas pedras
brilhantes 
cor de

rosas transparentes
do seio mãe
das areias
da praia da terra
as guardei em sacolas
carreguei seus pesos
para o eu para os meus

as 
tirei de seu 
habitat 
de brilhar ao sol
para as assombrar 
fundo em bolsas

rogo
rezo
rodo

volver ao sonho
ir 
devolvê-las
uma a uma à urna livre
às suas reverberâncias
às suas casas de areias
deitá-las
deixá-las

assim tornam-se-ão mulheres melhores

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