domingo, 6 de dezembro de 2015

Floresta

sei donde vim
sabes pr´onde 
vais
podemos contar?

sibila!

a floresta é o recinto onde são guardados os segredos.

inquiri!
sofre vertigem o passarinho neste ninho que balança tanto?


ah mar!
exclama o ser
insigne ermo da floresta
(o famoso ser só)

que do rio lustral colhe a palavra dulcífluo que vai docemente
ave fly


no antro há o inominável cheiro putrefato
da palavra pútrida
úmida!

vimos homem fétido lúgubre funesto fim

homília!
queremos que as flores não sejam colhidas
queremos a magia da luz das seis
e depois ver o verde

lume na bunda pirilampa

mais


queremos que o sol volte
amanhã de manhã

e fure os vãos dentre as folhas
que mil raios partam o espaço
e toquem a formiga
despontando
do cimo do
formigueiro

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