sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Do infinito ao infinitesimal

Bem te vi no fio da terra em frente à nuvem do céu.
Não me venha com sua britadeira que meu cérebro sintoniza poesis.
Pode me dar teus estilhaços que desenho mosaico pra colar num vaso e te dar.
Aceite um cravo. O céu é azul sem fim. Planto grama pros teus pés.
Passar... por aí.

Vamos passear. Não acorde distorcido. Vá requebrar.
Pandeiro é bonito. Chega o lamentar, o resistir ou enfrentar.
Combater armas com armas.
Te digo antes: silêncio conta verdade quando venta. E ela não é feito palavras.
E se é, feita, vento leva e varre que a verdade é leve e breve e é quase fugaz.

Se tua rádio tocar na minha banda, costuro palavras doces no coração blindado às dissonâncias. Pois aqui nesta casa brindo sintonias e bailo melhorias.


Se tua política quer vender ou me comprar, fundo as leis universais dos quintais, aqui.
Poderosas e eternas como tudo que foi e que melhor há de vir.
Se o teu senhor te manda, o meu permite. Tudo me é permitido: sou responsável pelo meu e pelo seu sorriso. O que pode o nosso?

Há em mim tudo o que busco fora. Hummmm. Me aninhei. Me esquentei de sol. To feliz. Silente. Agora compartilho. Vez ou outra grito um: olá!

Vez ou outra vem uma paz. Do infinito ao infinitesimal. Todos temos uma dívida ancestral. Um código a desvendar. Algo pra encontrar. Um afazer alquímico e muito mistério.

Abdico o foco da personalidade. Ninguém curtiu meu post. Nenhum compartilhar.
Se for serena e sorona já basta. Se seguir fio que ascenda e toque uma estrela já funciona.

Do quintal colho as frases orvalhadas. Enterro o silêncio que brota em insistentes idéias solares. Prestígio de tê-lo sol na cara, luz quente, face a face. Olhos serrados vêem dentro. Cor vermelho e mais e mais.


Frases colhidas em 10/08/2012:
Tudo brota. Só deixar. Tudo dá. Cabe até mundo transparente dentro do país dos orvalhos.
O chá do capim-limão é cortesia.
Nessa casa feita no ar, o telhado já estava pronto.
Centenas de micro folhas e flores, tapetes das fadas, gramíneas.
Sobram abelhas, fartura mel. Alheias. Radiantes.
Humano integrante e integrado. Tal qual tecido que combina.
A predileta. Beija-sol.
Raios de possibilidades na multiplicidade de um só - árvore. Borboleta camuflada no caule. Seiva ascendente.
Alguém vendo o invisível? Imagino. Comi!
Filha do cajueiro. Se tens lugar onde cresça, vendo.
Uma tarde finda e nos deixa amor.
Uma chuva fina e você chegou.

Um comentário:

  1. cara carla, vc conhece o pio do assum preto. conheces o caminho do vento. sua parola flui. muito prazer em te ler. abrax. ch.

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