terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um passarinho me canta sua liberdade e ofende

Os muros que adentrei e habito são constituídos de pensamentos condensados.
As estradas que percorri correm soltas das minhas pernas.
Acho-me prisioneira da casa que arrumei. Perfumada, limpa e vazia. Como eu.
Quando voltarei às andanças e aos sorrisos não sei. Estou de mal com esta condição.
E sem ferramenta pra demolição.

Um passarinho me canta sua liberdade e me ofende. Quem me atende?

Estou há dias a chamar. Atenta a quem passa. Tenho algo a oferecer. Quem vai receber?

Angústia sim. Aspiro fumaça. Sono sinto. Motores enferrujados. Olhos embaçados.

Emergência! Cansei. Quando você chegar me acorda.

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