As estradas que percorri correm soltas das minhas pernas.
Acho-me prisioneira da casa que arrumei. Perfumada, limpa e vazia. Como eu.
Quando voltarei às andanças e aos sorrisos não sei. Estou de mal com esta condição.
E sem ferramenta pra demolição.
Um passarinho me canta sua liberdade e me ofende. Quem me atende?
Estou há dias a chamar. Atenta a quem passa. Tenho algo a oferecer. Quem vai receber?
Angústia sim. Aspiro fumaça. Sono sinto. Motores enferrujados. Olhos embaçados.
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