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lá fundo onde sou sol soul suor |
tudo assim, tão simbólico. só tive pistas. frações de segundo.
milinésimos intensos e prolongados.
me obrigam a navegar por cima do mar da ilusão.
isso me dá uma tristeza muito lúcida. é que
menino sonha com coisas que depois cresce e...
só teimo frases incompletas. calo e ouço e tentar transcrever é aprisionar. careço melhorar. refazer a dor pra desfazê-la.
boa a noite de lua nova e ausente
só vejo sol surgir se for com ocê
ou vou sonhar a manhã inteira
dando supapos no tempo, brindando beijos com vento
me arvorando em vôos levitosos ou em saltos em varas de bambu.
não mais atiço fogo, não mais atiro pedras.
caminho do karma ao dharma, como dizem aí.
busco olhar passarinho.
agoraamor me acorde
pois quando menina sonhava com coisas e cresci.
guardo cansaço nas horas e mormaço nos braços.
sol combustível prá respiração. energia há de sobra pro sorriso.
gratidão pelo presente clareira de azul-dia e de estrela-branca noite.
frescor de brisa é beijo. seu. sei.
depois que parti de ti é verdade que parte de mim te retém e me mantém. não sei por quanto tempo. tudo o que era mantido por aquele galho velho veio abaixo e eu acho que isto quer dizer uma coisa enorme. ninho tá intacto e vigoroso. vem um dia e nele sobra tempo pra sorte e seus pacotes voarem janela à dentro e soarem varandas à fora. e dentro. aqui.
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