sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Um índio

Quando sinto geralmente na minguante um peso do mundo sobre ombros me lembro nos olhos que sou uma criança entendendo tudo. Assim sacudo ao alto e recebo, à vontade, aquilo que agente não explica. Olhando a noiva apaixonada e o fresco ar do amor que à tudo enfeita e colore. Lembrando à terra sua condição de bailarina entre as estrelas. E no vínculo o coração quente e vermelho fazendo carinho no tempo que percorre o caminho espaço. O princípio do som. Sendo. Sondo frequencia pandeiral. Aspiro ares dos ventos passeantes. de tudo que é quase circular e gira embriagado. Uso linguagem e canção. E não só. Toda conta é canto. Ah o conto humano e seus olhos passarinhos. Já deixaram de ser o que eram antes. Todos estão livres. Tô no centro da semente. Ansiei, guardei projeto e semeei. 

Hoje o samba saiu na voz da Amy Winehouse e nos batuques dos filhos de Gandhi. Foi aí que um índio desceu de uma estrela colorida e brilhante. Adentrou a aura da terra: impávido e infalível!

"E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio"

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