sábado, 3 de agosto de 2013

Onde fica o lugar no redondo que move?

Sou subjetiva.
O resto 
- e o corpo -
são somente aparição
efeito da causa que paira
por baixo dos panos
por dentro das peles
ideia por entre a molécula
ideia que abarca a célula sou 
isso 
e você também é e
é obvio o subjetivo
e eu pergunto como explicar?


- fiquei presa numa frase -

e ainda pergunto como escapar?
numa dúvida besta bonita divago se leio
deitada sob o sol no dia ou sobre o sol na noite?

quando a resposta óbvia intrínseca que ouço é ao redor
(essa questão pertence à uma dimensão que ainda não toquei, não sei se estou bem das contas mas acho que é a quinta)
ao redor é o lugar é a resposta e é promessa bailarina às dicotomias
circular tudo 
pois tudo volta - pois morre e eis que 
tudo vem - pois nasce
circular é a volta
é a parte da curva é a bola e rola.
na primeira curva no vislumbre - te circular. em vão. coisas do infinito.
somem-se nos vãos do infinito. na curva. na volta. volta.

se sabemos?
então que estúpido o quadrado o partido a direita a religião a esquerda
e esse eu quando finca-se dentro do quadrado achando-lhe agudos os ângulos
raiz hipotética cega ofusca do vôo livre do salto dentro de tanto ar de tanto eu tonto
querendo o lindo e o redondo com as palavras pintando frases e essa parede branca
saio do quadrado afobado paro e vejo os lados dessa ciranda, óh como é multicor!

respeito o subjetivo que ele é palpável é tão comum mas é tão invisível
tô tranquilo no caminho mas porra que vontade de fumar um cigarrilho
meu objetivo tem ânsia e é com esmero que ergo esta ode ao subjectum
nesta noite num brinde o grito quieto e não acendo um cigarrilho e sim
calo-te eu identificado! objeto voador ao redor, ao redor, ao redor.
Transita-me o subjetivo ao redor e é maior no sonho e dentro.
Se você se deixar sonhar.

Um sonho ciranda ........ e ...... outra criança vai nascer.
E vai achar que o universo é um imenso campo de brincadeiras.

img.: Lucio Lopez Cansuet

"Quando se lida com as coisas ocultas e subjetivas e quando o assunto sobre o qual se escreve lida com o indefinível, então se encontra a dificuldade. Não é coisa difícil descrever a aparência pessoal de um homem, suas vestes, sua forma, e as coisas das quais se cerca. A linguagem satisfaz suficientemente quando se trata do concreto e do mundo da forma. Mas quando se tenta transmitir uma idéia de sua qualidade, caráter e natureza, imediatamente se depara com o problema do desconhecido, com aquela parte indefinível, não-vista que nós sentimos, mas que permanece em grande parte não-revelada e não compreendida mesmo pelo próprio homem. Como então iremos descrevê-lo por intermédio da linguagem? " Alice Bailey

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