quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Vasto alçar
- vista ampla de quem voa.
De quem voa e tem visão.
Tínhamos esses pés e aquela força que os mantém retos, rentes, coesos.
Falávamos sobre nunca alar
os pés.
Promessas de não ser asa
a mão.
Como escrever, se com asas?
Como saber se vão ter asas as palavras
se vão ter casas
se são de fincar-se ao chão?
- Talvez fecundem um charco.
Castelos no ar ou manteiga ovo e pão?
Como saber se as palavras vão-se orvalhos
ou carvalhos
ou apenas caem-se cascalhos como flores nos interlúdios? Como?
Necessário ousá-las ouro. Dar-lhes fogo. Soprar e deixar que vão.
Que vão e que irão vastas.
- Vão!
--
Porque já não quero asas, o mundo do ar, das infinitas suspensões e interregnos. Porque preciso de terra e formigas, umidade de chão e charco, folhas caídas, momentos fecundos. Porque em mim estanca-se o tempo de aguadas, as correntes se invertem, os barcos ancoram e se faz hora de remendar redes, pés descalços no agora. Porque preciso reinventar o sonho, costurá-lo miúdo em princípio, alinhavar pequeno, bordar no início, começar de dentro a nova rosa dos ventos.
Patrícia Antoniete
domingo, 1 de dezembro de 2013
Mais ocitocina por favor
O principal hormônio atuante no parto é a ocitocina, que é a responsável pelas contrações uterinas. A ocitocina, na verdade, faz parte integrante de nosso dia-a-dia, sendo liberada em diversas circunstâncias, entre elas: nos momentos em que nos alimentamos, nos momentos em que relaxamos e quando nos preparamos para adormecer, nos momentos em que vamos ao banheiro para evacuar... Em outras palavras, nos momentos em que utilizamos menos o nosso neocortex, sede da linguagem e do raciocínio, e mais o nosso sistema límbico, mais primitivo. Ela também é liberada quando nos engajamos em atividades sociais prazerosas, como uma boa conversa ou um abraço, e é protagonista principal de nossa vida amorosa e sexual, sendo também conhecida como o "hormônio do amor".
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Pedi licença ao sonho pra no real trabalhar
Amor é substância originária.
A palavra que há.
De resto o ilusório.
Que passa ou passará.
Amor passa não.
Finca-se no passageiro.
De passagem pela paisagem.
Amor que cobre o céu.
Raio que desce ao chão.
De pé, pisa o barro batido.
Alado, flutua a nuvem algodão.
Das coisas todas o amor
é a única que sempre foi
é
e será sempre.
O eterno é.
Nós, quem somos?
Pedi licença ao sonho pra no real trabalhar.
A palavra que há.
De resto o ilusório.
Que passa ou passará.
Amor passa não.
Finca-se no passageiro.
De passagem pela paisagem.
Amor que cobre o céu.
Raio que desce ao chão.
De pé, pisa o barro batido.
Alado, flutua a nuvem algodão.
Das coisas todas o amor
é a única que sempre foi
é
e será sempre.
O eterno é.
Nós, quem somos?
Pedi licença ao sonho pra no real trabalhar.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Barricada
Digo-te, mais, que o céu na terra existe: pouco, em verdade, pois é legião ainda a massa que se desbota a guardar-se para um dia - amanhã dos amanhãs...
Enquanto a manhã tarda, o que a multidão guarda frustra-se e fermenta e irrita o todo e a parte, e em vez de céu é inferno o que se tem: por toda a parte a guerra quente, a guerra fria ou a morna paz insustentável.
Ao contrário do gênio belicoso, que no frio descansa e se refaz, o deus leve do amor tende a ir-se embora para não mais...
Antes que ele de todos se vá de todo, tento por amor falar de amor:
- Amor, enxuga os olhos, abre a luz do teu sorrir e vamos, de mãos dadas, resistir!
Geir Campos / Metanáutica
Poeta amigo de Thiago de Mello, Piloto do navio Lloyd Brasileiro durante a Segunda Guerra e avô da Maíra.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
FIO
Fio.
Aquilo que forma uma linha que é coisa fina, sutil, tênue, delicada.
Pode ser o corte de um instrumento, o gume ou a sorte da sucessão contínua das palavras com o que aranhas e bichos-da-seda tecem teias e casulos e nós poemas e meadas, mas não os mexericos.
Se achou-se em grande risco, antes que esteja por um triz, materialize a vertical com o fio de prumo e alinhe a alma à mente ao corpo e rente. Com o dental, remova a comida dentre os dentes ou deixe nuas as nádegas.
Um fio translúcido deixa passar a luz, sem permitir a nitidez dos objetos por sua espessura. Algo fosco. Se for diáfano, deixa-se atravessar pela luz dando à perceber o sentido oculto. Algo reluz.
Um fio que dê o infinito ao infinitesimal e que descenda (e ascenda) translúcidas transparências que no ajuste foco do qual dependa a solução do paradoxo que una em una fórmula o que ofusca e o que reluz. Algo luz.
Em silêncio enfio o fio do telefone no ouvido. Se o calo escuto. Seu som é bem baixo pois vem de muito longe do lato íntimo. Calado ele me disse que no futuro não serão precisas as palavras. Tudo vai estar na cor e o subjetivo exposto.
Tão posto como a mesa e o meio dia.
E antes que eu esqueça
fios de nylon são bons para pescar variedades.
E acabo de lembrar que
a vontade da alma utiliza um fio chamado sutratma.
Aquilo que forma uma linha que é coisa fina, sutil, tênue, delicada.
Pode ser o corte de um instrumento, o gume ou a sorte da sucessão contínua das palavras com o que aranhas e bichos-da-seda tecem teias e casulos e nós poemas e meadas, mas não os mexericos.
Se achou-se em grande risco, antes que esteja por um triz, materialize a vertical com o fio de prumo e alinhe a alma à mente ao corpo e rente. Com o dental, remova a comida dentre os dentes ou deixe nuas as nádegas.
Um fio translúcido deixa passar a luz, sem permitir a nitidez dos objetos por sua espessura. Algo fosco. Se for diáfano, deixa-se atravessar pela luz dando à perceber o sentido oculto. Algo reluz.
Um fio que dê o infinito ao infinitesimal e que descenda (e ascenda) translúcidas transparências que no ajuste foco do qual dependa a solução do paradoxo que una em una fórmula o que ofusca e o que reluz. Algo luz.
Em silêncio enfio o fio do telefone no ouvido. Se o calo escuto. Seu som é bem baixo pois vem de muito longe do lato íntimo. Calado ele me disse que no futuro não serão precisas as palavras. Tudo vai estar na cor e o subjetivo exposto.
Tão posto como a mesa e o meio dia.
E antes que eu esqueça
fios de nylon são bons para pescar variedades.
E acabo de lembrar que
a vontade da alma utiliza um fio chamado sutratma.
domingo, 17 de novembro de 2013
Sara mago
José Saramago - A viagem do Elefante
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Asas ao povo
A natureza não conhece códigos morais
Nem os termos da constituição
Não nascemos brasileiros
Pergunte ao chão se ele sabe das fronteiras
Ou ao mar se ele conhece os limites
Não vim inscrito nas instituições nacionais
Nem você
Tanto se faz dinheiro
As mãos fazem plantas à tona
Não nasci membro do sistema
Todo bebê é anarquista
Todo banqueiro deveria ser anarquista e
deveria fazer chover o amor livre sobre nós
Todos nós
Toda tarde
Molhar os tabloides
Diluir as tintas e
pelos visores das tvs devolver
asas ao povo!
Andorinha
Fluir de vez.
Devir sobre fluxo sob refluxo das ondas dos dias.
Acima e ser.
Sorrir tendo o fio do prumo dos rumos.
Andar de vez.
Ir por elevações e planícies das eras.
Assim e ser.
Sorrir qualquer sorriso que firme a curva dos rios.
Sustentar a dança do corpo os braços dados.
Aguentar que o espírito plana e paira sobre o arado.
Pois vai chover do olho da andorinha a chave.
Pois vai.
Devir sobre fluxo sob refluxo das ondas dos dias.
Acima e ser.
Sorrir tendo o fio do prumo dos rumos.
Andar de vez.
Ir por elevações e planícies das eras.
Assim e ser.
Sorrir qualquer sorriso que firme a curva dos rios.
Sustentar a dança do corpo os braços dados.
Aguentar que o espírito plana e paira sobre o arado.
Pois vai chover do olho da andorinha a chave.
Pois vai.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Fio* de prumo
FIO *o que forma uma linha
coisa sutil, tênue, delicada
corte de um instrumento, gume
sucessão contínua de palavras
com o que aranhas e bichos-da-seda tecem teias e casulos
achar-se em grande risco; estar por um triz
materializa a vertical
remove comida dos dentes.
deixa nuas as nádegas
fio de prumo: A observação de um objecto pesado pendurado na extremidade de um cordel produzindo no mesmo um efeito de perpendicularidade em relação à terra, foi um fenómeno verificado pelos primeiros pensadores da antiguidade. Faz a transferência exacta de um ponto entre dois planos desnivelados. Neste campo, o fio-de-prumo continua sendo um instrumento indispensável na construção moderna.
translúcido: Que deixa passar a luz, sem permitir, entretanto, que se vejam nitidamente os objetos através de sua espessura; diáfano, transparente: os vidros despolidos são translúcidos.
transparente: Que, deixando-se atravessar pela luz, permite distinguir nitidamente os objetos através de sua espessura: o vidro é transparente. Cujo sentido oculto se deixa perceber: alusões transparentes.
coisa sutil, tênue, delicada
corte de um instrumento, gume
sucessão contínua de palavras
com o que aranhas e bichos-da-seda tecem teias e casulos
achar-se em grande risco; estar por um triz
materializa a vertical
remove comida dos dentes.
deixa nuas as nádegas
fio de prumo: A observação de um objecto pesado pendurado na extremidade de um cordel produzindo no mesmo um efeito de perpendicularidade em relação à terra, foi um fenómeno verificado pelos primeiros pensadores da antiguidade. Faz a transferência exacta de um ponto entre dois planos desnivelados. Neste campo, o fio-de-prumo continua sendo um instrumento indispensável na construção moderna.
translúcido: Que deixa passar a luz, sem permitir, entretanto, que se vejam nitidamente os objetos através de sua espessura; diáfano, transparente: os vidros despolidos são translúcidos.
transparente: Que, deixando-se atravessar pela luz, permite distinguir nitidamente os objetos através de sua espessura: o vidro é transparente. Cujo sentido oculto se deixa perceber: alusões transparentes.
FIO
de translúcidas transparências
do infinito ao infinitesimal
Lato
Vôo altaneiro, livre de peias, erguendo-se muito alto, acima do interminável fluxo e refluxo da vida ordinária, a fim de ser alcançada uma visão mais ampla.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Nenhum rosto sem o outro
Esconder o rosto é mostrar o feio da realidade que não queremos ver. É mostrar ao outro que podemos ser ele. Que somos ele e somos todos. É mostrar que a cor da face já não importa. E nos negarmos a mostrar brilhar os olhos quando não lhes podem ver. É prescindirmos da boca e suas palavras se não podemos sorrir. É estar saturado do que não tem brincadeira. É silêncio e é não dar a cara a tapa mas é deixar os braços livres e ter mãos à mostra e prontas caso sejam úteis. É calar a expressão do indivíduo diluído em lato. É dar-se um véu-denuncia da ilusão cotidiana. É o gesto sem passado que sustenta a cara nova que pode o mundo. Neste sentido é arte inédita. Hoje, ocultar é maior que mostrar a beleza roubada pela desconfiança. No entanto é potência e possibilidade da beleza pairar. Esconder o rosto é alar o rosto. É acreditar que o outro por baixo do pano sorri sorriso que não se envergonha de si e que partilha a lágrima emocionada. Lá há o brilho que se enxerga de olhos fechdos. Dentro da boca vendada mora a palavra que ainda não se disse. Tão nova vai se soletrar quando os panos puderem cair naturalmente.
Por enquanto
coração não force para fora
queira não abrir a vontade.
Espere passar os homens que procuram por um apartamento com varanda gourmet.
Espere.
Sempre chegamos ao outono. Histórias e lendas surgem dos homens com pássaros.
Ponho a boca a boca no topo do himalaia. Cubra teu rosto comigo.
Esperemos batendo um longo papo com o espaço. Rio de ouvir o diálogo dos planetas do sistema. Logo, dê crédito para o amanhã. Ainda não anoiteceu.
Img.: Rene Magritte
Por enquanto
coração não force para fora
queira não abrir a vontade.
Espere passar os homens que procuram por um apartamento com varanda gourmet.
Espere.
Sempre chegamos ao outono. Histórias e lendas surgem dos homens com pássaros.
Ponho a boca a boca no topo do himalaia. Cubra teu rosto comigo.
Esperemos batendo um longo papo com o espaço. Rio de ouvir o diálogo dos planetas do sistema. Logo, dê crédito para o amanhã. Ainda não anoiteceu.
Img.: Rene Magritte
terça-feira, 12 de novembro de 2013
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
hoje vai ser ontem
tomara que nada aconteça hoje
não é bom dia para que coisas aconteçam
um dia hoje vai ser ontem
ontem esse hoje era amanhã
agora que é hoje estou quieto
parado anti-propício ao acontecimento
a respiração ocorre devagar
os segundos são imensos
o sol caminha mornolento
torço para que nada mais que isto ocorra
o vento inspirado e o sol de passagem larga
quando à noite uma surpresa fresca
hoje amanhã será
no enquanto nada além ocorra
por favor senhor nem morte nem buzina nem pratos à mesa
ninguém nasça nem um pano úmido passa pelo chão
fiquem quietas borboletas serelepes outros segundos vêem
por favor venham devagar não sejam bruscos com o tempo
não martelem nos sinos só o vento só o vento
estou atento
nada está acontecendo só o vento
o coração toca um bambu toca o outro e faz som
nada além disto só isto aconteça
nada está acontecendo que bom
não é bom dia para que coisas aconteçam
um dia hoje vai ser ontem
ontem esse hoje era amanhã
agora que é hoje estou quieto
parado anti-propício ao acontecimento
a respiração ocorre devagar
os segundos são imensos
o sol caminha mornolento
torço para que nada mais que isto ocorra
o vento inspirado e o sol de passagem larga
quando à noite uma surpresa fresca
hoje amanhã será
no enquanto nada além ocorra
por favor senhor nem morte nem buzina nem pratos à mesa
ninguém nasça nem um pano úmido passa pelo chão
fiquem quietas borboletas serelepes outros segundos vêem
por favor venham devagar não sejam bruscos com o tempo
não martelem nos sinos só o vento só o vento
estou atento
nada está acontecendo só o vento
o coração toca um bambu toca o outro e faz som
nada além disto só isto aconteça
nada está acontecendo que bom
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Mais sabe o sol sobre mim
Não querendo mais uma obra para trabalhar, precisava de uma para me divertir. Decidi fazer a Flora petrinsularis e descrever todas as plantas da ilha sem omitir uma só, com detalhes suficientes para me ocupar pelo resto de meus dias. Dizem que um alemão escreveu um livro sobre a casca de um limão; eu teria escrito um sobre cada gramínea dos campos, sobre as pedras; enfim, não queria deixar um fio de grama, um átomo vegetal sem descrição.
Jean-Jacques Rousseau
Título: Tibério Azul
Jean-Jacques Rousseau
Título: Tibério Azul
domingo, 27 de outubro de 2013
É
por que esta roupa de nuvens altas e estes pássaros assim nos ombros?
e esses passos soltos? esses passos todos pra onde?
pergunto e o tropeço me dá a frase - fé no chão. hei, de onde ela veio?
estou atenta! quem foi que disse a frase e calou?
passo o passo adiante alongo a questão:
pra quê esse calçado sujo dessa terra se essa mão aqui está cheia de ar?
a cabeça está cheia de ar.
por que esse vento esquece a poesia que compunha e como era?
e essa altura doada logo retirada, hein? por quem?
um gole no lúpulo gelado abala o corpo.
não quero corpo inerte nem o pé que o tropeça.
o pó recomeça o pé tropeça o erro ressuscita. por que?
o pó o recomeço o pé esse tropeço e errar, ressuscitar?
quero invisível ser estrela que não aparece pois é dia.
poder uma estrela sobre, ofuscada por luz não vista.
possuo essa vista que vê longe vê vênus mas não voa
que quer pousar agora sobre aquela montanha e pode
e quer vestir montanha e não só seu amor de homem
além - deixar amor sobre todos os seres, pudera!
vou lembrar a frase, foi ontem
continha futuro continha agora.
era verso e tinha algo da resposta, mas dormiu.
uma fórmula ajudaria, mas não a tenho ou se tenho está borrada.
essa borra e o tempo que não vão me deixam ver.
o que fazer? nem sei mas vou passear.
mais sabe o sol sobre.
me deixe percorrer espaços, sem pesar.
me deite o sopro atemporal.
caber em vestes largas - destinada à ventar.
isto não quer dizer nada e pra nada servem
a pergunta este poema ou o refrão.
é só um jeito - um trejeito - inquiridor de caminhar.
vai passar e já rio.
sábado, 26 de outubro de 2013
Coisa de Clarice
Quando não sei onde guardei um papel importante e a procura se revela inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo.
Tô nem aí
A Avenida Beira Rio agora beira o valão.
Triste da casa que beirava um rio e
agora não. Esse tempo distante do ideal.
A placa não tem compromisso com o real.
O cidadão sem esmero pela passagem.
Eu passo. Tô nem aí. Não tô mais lá.
A rua aqui é Olendina Alves.
Triste da casa que beirava um rio e
agora não. Esse tempo distante do ideal.
A placa não tem compromisso com o real.
O cidadão sem esmero pela passagem.
Eu passo. Tô nem aí. Não tô mais lá.
A rua aqui é Olendina Alves.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Anthropophagia petrolorium ex
vendido.
Sobre-exceda ao
sub-homem seu ser excelso.
Deite
à Terra o que é dela e
contente-se com os frutos de superfície e ar.
Confetes ao homem que virá
deixar em paz Sua entranha e crê
que em sonho intuirá instrução de
Como Obter A Energia Gratuita das Estrelas*.
Ó ser ereto!
Entenda tua mão a que veio que doou-te a guia.
*Como Obter A Energia Gratuita das Estrelas:
Cap. I: Eleve o gesto. Suspenda com avidez. Sustente com densidade. Entusiasme o bom intuito. Prometa a distribuição. Apreenda com intuição. Raciocine com linguajar. Formule geometricamente. Segure com sonho comum e diga sim!
Refresco (sol dado)
Fosses eu largava tudo:
o uniforme, o peso, a arma e o coturno.
Fosses eu inspirava profundo e,
após expirar, exorcizava ar e ia ao mar num raro mergulho.
Fosses eu, sorria e não terias câimbras em seres tu.
Fosses eu seria mais, seríamos nós e o mar sereias. Seria o mundo pátio pras nossas brincadeiras.
Fosses por mim ficava o petróleo fundo e dentro.
Sangue negro, minério fluido, rios indo in veias.
Serias homem fundo de si,
dentro
em silêncio
impessoal a descobrir novas energias
infindas, disponíveis, tudo aí, fosses ar.
Fosses eu e eu não sofria o calor deste afã de
te deitar no mar, de
te lembrar o feto, de
te superficiar.
Te submergir até curvar-se
deste homem teso. Sério.
Emerso.
Anda
até nadar nós calmos nas marés.
Ouves?
Harpas dos mares para as gentes...
Ah! Se veres harpias sobre ti e tudo,
sobre-excederemos.
Ah, entendas!
Já estou quase. Então
te vento a frescura excelsa
te sopro o gesto livre pena
te doou a parte minha que em ti
sua.
Dera-me despir-lhe o casaco, o duro acaso, travar-lhe o gatilho e lavar teus pés.
Aceite o refresco. Este sol à tua tez, sol dado, quer lhe esclarecer.
img.: Mariucha Machado
o uniforme, o peso, a arma e o coturno.
Fosses eu inspirava profundo e,
após expirar, exorcizava ar e ia ao mar num raro mergulho.
Fosses eu, sorria e não terias câimbras em seres tu.
Fosses eu seria mais, seríamos nós e o mar sereias. Seria o mundo pátio pras nossas brincadeiras.
Fosses por mim ficava o petróleo fundo e dentro.
Sangue negro, minério fluido, rios indo in veias.
Serias homem fundo de si,
dentro
em silêncio
impessoal a descobrir novas energias
infindas, disponíveis, tudo aí, fosses ar.
Fosses eu e eu não sofria o calor deste afã de
te deitar no mar, de
te lembrar o feto, de
te superficiar.
Te submergir até curvar-se
deste homem teso. Sério.
Emerso.
Anda
até nadar nós calmos nas marés.
Ouves?
Harpas dos mares para as gentes...
Ah! Se veres harpias sobre ti e tudo,
sobre-excederemos.
Ah, entendas!
Já estou quase. Então
te vento a frescura excelsa
te sopro o gesto livre pena
te doou a parte minha que em ti
sua.
Dera-me despir-lhe o casaco, o duro acaso, travar-lhe o gatilho e lavar teus pés.
Aceite o refresco. Este sol à tua tez, sol dado, quer lhe esclarecer.
img.: Mariucha Machado
sábado, 19 de outubro de 2013
Reverbera
uma incógnita brilhante cintilando
- reflitas
- reflete
é só a repercussão de calor intenso
e esse vapor que resplandece
- desce
eu só no alto do morro vendo
luzes dos lares reverberando
- a senda ascendo sendo ser e só
(dos seus olhos não sei)
é sua lembrança quem reverbera
- acesa
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Adversa in feliz
infelizmente adversidades
existem
delas crescem poemas
- é assim não sei porque
nelas vejo
as heras as teias
as veias tesas e
os vasos densos
tendo dentro
a terra o sangue a poeira e a geometria
contendo nelas essa nossa poesia
nandando
adversa
in feliz
- quanto mais nada melhor
quanto mais caio suspendo os braços
pro ar voar
vou nadar no ar
adversa à
gravidade
- só pousar in feliz no cume de un verso bravo
que nos explique do que temos de ser salvos mesmo?
Img.: Água congelada no Oceano Ártico
Frase ilustrativa de Allen Ginsberg:
- Eu tenho visões místicas e vibrações cósmicas
existem
delas crescem poemas
- é assim não sei porque
nelas vejo
as heras as teias
as veias tesas e
os vasos densos
tendo dentro
a terra o sangue a poeira e a geometria
contendo nelas essa nossa poesia
nandando
adversa
in feliz
- quanto mais nada melhor
quanto mais caio suspendo os braços
pro ar voar
vou nadar no ar
adversa à
gravidade
- só pousar in feliz no cume de un verso bravo
que nos explique do que temos de ser salvos mesmo?
Img.: Água congelada no Oceano Ártico
Frase ilustrativa de Allen Ginsberg:
- Eu tenho visões místicas e vibrações cósmicas
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Superfluidade monumental
pixe concreto
tinta acusa
perdão concerta
estrutura abusa
escultura e pesa
passado desperta
guerra e outra paz
acertos e contas e
pedra assim
melhor quietar no interior da montanha
ouro assim
melhor descansar úmido fundo num riacho
cavalo assim
bonito erguido passeando pastar do prado
gente assim
gene índio negro e eu tudo preso na pedra
as assim superfluidades
ranço preconceito tudo dentro da história
empedrada
monumentalmente velha
empedrada
e o ovo novo esperando quem lhe choque
aviso!
tampem os ouvidos brotos
preserve-os às atrocidades
filhotes não se lembram não
o banho nas águas rasas do
esquecimento é o perdão
presente da natureza, viu?
você viu a mesma Terra que o índio?
você viu o olhar recém nascido?
você viu o sono do grilo?
você viu?
Img.: Felipe Rau
tinta acusa
perdão concerta
estrutura abusa
escultura e pesa
passado desperta
guerra e outra paz
acertos e contas e
pedra assim
melhor quietar no interior da montanha
ouro assim
melhor descansar úmido fundo num riacho
cavalo assim
bonito erguido passeando pastar do prado
gente assim
gene índio negro e eu tudo preso na pedra
as assim superfluidades
ranço preconceito tudo dentro da história
empedrada
monumentalmente velha
empedrada
e o ovo novo esperando quem lhe choque
aviso!
tampem os ouvidos brotos
preserve-os às atrocidades
filhotes não se lembram não
o banho nas águas rasas do
esquecimento é o perdão
presente da natureza, viu?
você viu a mesma Terra que o índio?
você viu o olhar recém nascido?
você viu o sono do grilo?
você viu?
Img.: Felipe Rau
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Suspensa poesia do poema imponderável
Tem sido um privilégio de nossa época - entre guerras, revoluções e grandes movimentos sociais - desenvolver a fecundidade da poesia até limites insuspeitados.
Pablo Neruda
Pablo Neruda
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Querubim
À gravidade derrubo honras
por nos quedar esta chuva
que traz a novidade do ar.
Por nos lembrar quê cheiro
tem a altura das nuvens:
o aroma molhado dos anjos quietos,
o sonho altivo dos anjos quedados.
Querubim
imponderável leveza
derrama encharques ao solo
enche rios
transita a órbita
atinge o peso
à ti atrai.
Grave
adiciona idades à terra
corre àguas pro fundo.
Aproxime o céu do mundo.
Decante profundo e aleve por ascese sempre assim.
por nos quedar esta chuva
que traz a novidade do ar.
Por nos lembrar quê cheiro
tem a altura das nuvens:
o aroma molhado dos anjos quietos,
o sonho altivo dos anjos quedados.
Querubim
imponderável leveza
derrama encharques ao solo
enche rios
transita a órbita
atinge o peso
à ti atrai.
Grave
adiciona idades à terra
corre àguas pro fundo.
Aproxime o céu do mundo.
Decante profundo e aleve por ascese sempre assim.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Ocupa veredas
domingo, 15 de setembro de 2013
Sobre a arte de escrever do cume calmo
![]() |
BASTA SER SINCERO E DESEJAR PROFUNDOraul seixas |
Escrevem porque são inspirados. Devido ao seu instrumento físico, à sua pureza de vida, à sua sinceridade de objetivos, à sua devoção à humanidade e ao próprio karma do serviço, desenvolveram a capacidade de tocar às fontes superiores das quais flui a verdade pura, ou verdade simbólica. Podem captar correntes de pensamento que foram movimentadas por aquele grande grupo de Contempladores ou aquelas correntes de pensamento definidas, especializadas, originadas de uma das grandes equipes de instrutores. Seus cérebros, sendo transmissores receptivos, os capacitam a expressar no papel estes pensamentos com os quais entram em contato - a nitidez da transmissão dependendo da receptividade do instrumento, isto é, a mente e o cérebro do transmissor. Nestes casos, a forma das palavras e das frases é deixada grandemente ao escritor. Por isso, o apropriado dos termos usados e a correção da fraseologia dependerão do seu equipamento mental, de seus recursos educacionais, da extensão do seu vocabulário e de sua capacidade intrínseca para compreender a natureza e a qualidade dos pensamentos e ideias transmitidas." Alice Bailey
BEBA, POIS A ÁGUA VIVA AINDA ESTÁ NA FONTE! raul seixas
sábado, 14 de setembro de 2013
Tecido
![]() |
O amor tece o dia seguinte.
O amor cresce e acorda o dia seguinte.
O amor desce para o amanhã.
Anoiteceu. Esse dia o amor teceu.
Se o amor tece a manhã será
(o dia seguinte)
e no dia seguinte o amor entrelaça os tenros fios da urdidura.
Trança a trama. Deita à cama. Dorme o sonho. O levanta.
(que)
Amanhã bem cedo o amor planta algodão.
O algodoeiro cresce e fornece o fino da flor,
o fio prá hora, o amor
o branco tinge
a estampa imprime
outro dia escrito acontecerá.
Sempre será luz o amor ser-vivo.
(para sempre terá a luz o amor, se vivo)
O amor servido fresco no começo da manhã amortece.
O amor tece e esclarece pelo elã de um elegante tecelão.
O amor desce.
Tece ternura na tecitura coronária e dá às mãos veias sobressalentes.
As mãos tramam sobretudo e ternos de bolsos largos.
As mãos entendem.
Guarnecem o primeiro de brilhos, o segundo de ornatos e os estende de presente pro dia que vai.
O amor então se veste como quem também se despe. Cai-lhe bem a tarde. Guarda a luz nos bolsos, carrega consigo o sol. Mostra a lua pro alento que vem. Sobre tudo cai o lilás e o rosa, o ouro, o azul marinho e o quase breu. O amor se despede ao som da ária do tecelão, repousa e amanhece um feixe de notas, combustíveis pro tear dos dias seguindo.
Todo dia é assim.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Esse modo abstruso de ser afim
![]() |
Img.: Vander Borges |
Tem quem escreva debruçado
sobre o concreto.
Tenho que escrever deitada
sobre nuvens.
Por escrever vapores
me disseram pra ser mais imagética.
- Mais carne viva.
- Mais víscera.
Eu hera.
Não posso ver sangue. Esse interno tão explícito.
Não sei. Sinto.
Gosto de orvalhos que ao toque do sol ganham o ar.
É absurdo esse modo abstruso. Sei.
Só que só
sei ser assim.
Sol!
Ser tão afim à um algo serafim.
Estender e alcançar - um sacro ofício.
sábado, 31 de agosto de 2013
Respiração
Vou me encher de silêncio nos dias úteis
pra, quem sabe
esvaziá-lo em palavras num domingo
de sol, à tarde.
Sustento a esperança.
Sustenido o semitom.
Toco ode ao refletir.
Canto a nota ao meditar.
À noite o sonho traz
o vôo vai ficar comprido.
Sem o corpo é leve.
Livre vou aí.
pra, quem sabe
esvaziá-lo em palavras num domingo
de sol, à tarde.
Sustento a esperança.
Sustenido o semitom.
Toco ode ao refletir.
Canto a nota ao meditar.
À noite o sonho traz
o vôo vai ficar comprido.
Sem o corpo é leve.
Livre vou aí.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Sinto um cheiro estranho no ar embora o ar daqui seja puríssimo
Uma história louca insana se anunciando. Vou escrevê-la aqui para exorcizá-la das minhas suspeitas. Que vão pra puta que pariu, ou melhor, tal qual a teoria do mercúrio de Paracelso* sejam abduzidas e transmutadas pela luz (SOL):
Primeiro o levantamento de um sonho libertário pertencente à grande humanidade eclode na Turquia e, como uma onda, desperta a consciência de pessoas em todos os continentes e traz ao auge os occupys. Extra terrenos aparecem nos sonhos de muitas pessoas. No entanto, quando tem seus sinais captados pelas forças aéreas dizem: Não estamos falando com vocês!
O que querem nos dizer? O que vieram nos contar?
Não sei. Sei que a Turquia fica perto da Síria que fica perto do Iraque que fica perto do Irã. Não entendo nada de guerra mas parece que Russia e EUA brigam por petróleo e esses países são fontes de petróleo e Obama e Putin me parecem suspeitos, embora simpáticos. E que os EUA se acham no direito de proteger o mundo com seu exército de "salvadores" e alguns estupradores que acham justo matar centenas julgando proteger milhares. E tem um grupo deles no mar agora aguardando sinal para atacar a Síria depois da suspeita morte de mil e poucas pessoas por motivos e causas desconhecidas. E isto enquanto um incêndio surreal dizima uma floresta na Califórnia (EUA) há dias!
E o mais doido disso tudo é que existe uma cidade imensa sob a Capadócia, na Turquia, capaz de proteger centenas de pessoas sob algum tipo de ameaça.
*leia em: http://www.devirdesign.blogspot.com.br/2013/08/transmutacao.html
Primeiro o levantamento de um sonho libertário pertencente à grande humanidade eclode na Turquia e, como uma onda, desperta a consciência de pessoas em todos os continentes e traz ao auge os occupys. Extra terrenos aparecem nos sonhos de muitas pessoas. No entanto, quando tem seus sinais captados pelas forças aéreas dizem: Não estamos falando com vocês!
O que querem nos dizer? O que vieram nos contar?
Não sei. Sei que a Turquia fica perto da Síria que fica perto do Iraque que fica perto do Irã. Não entendo nada de guerra mas parece que Russia e EUA brigam por petróleo e esses países são fontes de petróleo e Obama e Putin me parecem suspeitos, embora simpáticos. E que os EUA se acham no direito de proteger o mundo com seu exército de "salvadores" e alguns estupradores que acham justo matar centenas julgando proteger milhares. E tem um grupo deles no mar agora aguardando sinal para atacar a Síria depois da suspeita morte de mil e poucas pessoas por motivos e causas desconhecidas. E isto enquanto um incêndio surreal dizima uma floresta na Califórnia (EUA) há dias!
E o mais doido disso tudo é que existe uma cidade imensa sob a Capadócia, na Turquia, capaz de proteger centenas de pessoas sob algum tipo de ameaça.
*leia em: http://www.devirdesign.blogspot.com.br/2013/08/transmutacao.html
domingo, 25 de agosto de 2013
Palavras infantis
![]() |
Alexi Caroline Anderson |
Iaman com frio nas pernas e todas as calças secando no varal. Acho uma de cor rosa, da Sofia e lhe ofereço. Ele me solta esta: não, esta não, não sou do tipo feminina. Sou do tipo feminino!
2
Uma discussão infindável.
Iaman: - Não Rima
Sofia: - Rema
Não rima. Rema. Não rima. Rema. Não rima. Rema.
3
Concordância plural
- Mãe, já procurei todos os cederes e não acho!
tem também os eteres, seres de outros planetas.
4
Esses polícias tinham que ir pra masmorra. Ou pior: pra cadeia alimentar! Inconformado, Iaman amarrou um echarpe preto na cara, fez-se ninja e manufaturou um cartaz mini escrito assim:
- Ei Cabral, vai tomar no cú. Se acalmem um pouco, manifestantes.
5
- Por que eles não sentam numa mesa pra conversar? Simples.
Sofia ao ver tanta imagem truculenta no Facebook.
6
Iaman ao ser perguntado se o mundo ia bem aos seus olhos:
- Pra mim tá, pros adultos é que não.
7 (Iaman)
- Raiva é uma palavra que não presta pra nada.
Um dia acordou e do nada disse:
- Antigamente ninguém nascia.
8 (Iaman)
- As canções tem cores. Nossos corpos também. Mas agente não vê.
- Mas então como é que você sabe disto?
- Dentro da minha imaginação, sei.
9
- Por que será que agente cai e sente dor?
- É né? Por que?
(...)
- Porque o chão é duro e agente, sensível.
10
Sofia terá uma filha que se chamará Sara Sereia Serena.
11
Iaman pergunta se na minha época de criança a tv era em preto e branco.
Digo que na minha não, mas na da minha mãe sim.
Então ele diz: - Mas não existia o rosa? A árvore não era verde?
12
Iaman, em conversa com Sofia, lhe diz que vai fazer um castelo com uma enorme torre Eiffel.
13
Iaman começa a escrever um livro e a primeira frase é:
O pirata acha sua letra de ouro.
14
Iaman, em sua criatividade, resolve adestrar o gato Machalá:
- Vejam pessoas, que coisa expressionante!
15
Sofia ao ver uma freira na rua:
- Olha mãe, é carnaval denovo! Vamos, vamos!
16
Papo com Sofia:
- Choveu, tá cheio de piscina de fada lá no quintal.
- Não, mãe. Fada não gosta de piscina. Porque molha o pó mágico e como ela faz pra voltar pra casa?
17
- Mãe, não esqueça a camisinha. Procure uma revendedora avon.
Iaman.
18
Neologismos da Sofia:
- espada de joão jorge
- rock n´show
- cristo arrebentor
- folha-chiclete (hortelã)
- trepa-pé (trepadeira)
- curubu (urubu)
- motocó (mocotó)
19
Ao desembaraçar os cabelos da Sofia ela fica brava:
- Ai, esqueceu que eu sou feita de pele, osso e coração?
20
E essa eu vi no face:
Hoje é penas um dia em que depois de amanhã já poderemos chamar de semana passada. Yan - 8 anos.
21
Depois de ler um poema do Julio Cortazár para Iaman, ele diz:
- Não entendi, mas gostei.
22
Sofia chama você de bocê
(bocê tinha que vê, mamãe).
Iaman chama travesseiro de pabiceiro malelinho.
Computador é poputador.
23
Sofia diz que não consegue parar de pensar, pensa o tempo todo, pensa toda coisa até Jacaré de sainha bailando balé.
24
Iaman não tava curtindo a cenoura. mas come filho, faz muito bem pros olhos. então ele arregala-os e diz: mas eu tô vendo MUITO bem!
25
Iaman deitado no colo da tia Neuza com as mãozinhas pousadas em seus peitões, de olhos arregalados fala:
- Grande, né? É seu?
sábado, 24 de agosto de 2013
Hoje é sábado e não teve manifesto
Ao invés de reclamar do corte das 3 árvores que vi em tocos no caminho
resolvemos subir em uma e celebrar-lhe a vida.
O cajueiro de troncos baixos retorcidos e brotos recentes
cedeu-nos acento dizendo-nos faz tempo que não era visto assim:
- Tão de perto.
Nos deu um beijo ou uma folha.
Nossa pele ainda é madeira.
Prometemos voltar e chupar seus cajus.
resolvemos subir em uma e celebrar-lhe a vida.
O cajueiro de troncos baixos retorcidos e brotos recentes
cedeu-nos acento dizendo-nos faz tempo que não era visto assim:
- Tão de perto.
Nos deu um beijo ou uma folha.
Nossa pele ainda é madeira.
Prometemos voltar e chupar seus cajus.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Transmutação
CRESCIMENTO DA RAIZ:
É sabido que a vida e a sensibilidade (magnética) residem no Mercúrio. O mercúrio subterrâneo dos minerais, quase sempre venenoso e carregado de impurezas, encontra-se literalmente no inferno, quer dizer: para a sua própria atividade não encontra outro alimento nem outro objeto além do que a si mesmo.
Por conseguinte, é só uma vibração solar chegar a ele que a torna sua, absorve-a totalmente dentro do seu corpo.
As plantas mágicas - Botânica oculta
Paracelso
É sabido que a vida e a sensibilidade (magnética) residem no Mercúrio. O mercúrio subterrâneo dos minerais, quase sempre venenoso e carregado de impurezas, encontra-se literalmente no inferno, quer dizer: para a sua própria atividade não encontra outro alimento nem outro objeto além do que a si mesmo.
Por conseguinte, é só uma vibração solar chegar a ele que a torna sua, absorve-a totalmente dentro do seu corpo.
As plantas mágicas - Botânica oculta
Paracelso
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